hoje estou assim... como dizer... feito um cachorro que caiu da mudança, sabe?!... só que caí aqui em Salvador, de onde escrevo pra me distrair. sem nenhum compromisso com pauta, tema central ou proposta de reflexão, acho que escrevo para me entender... olhei salvador e, como acontece toda vez em que chego a alguma cidade em que já estive, procuro vê-la como se fosse a primeira vez!
me senti chegando em casa. afinal, me esperava uma chuva fina e 'guasqueada' (como diria minha avó), um vento que quase lembrava o vento sul e um céu carregado de nuvens pesadas... muito semelhante ao céu do inverno gaúcho! entretanto, havia, claro, aquele ar mais quente e denso, com jeito de nordeste que nunca faz com que pareça estarmos em alguma outra estação que não no próprio verão.
ao ultrapassar as enormes avenidas movimentadas e ainda um pouco engarrafadas da capital baiana, me senti muito sozinha, apesar das presenças físicas de minha chefe e do motorista de táxi... especialmente quando ela, minha chefe, me perguntou: "quer ligar para alguém para avisar que tu chegastes, Jacqueline?" e imediatamente me ouvi respondendo, "não precisa, Beth, obrigada"!
dei-me conta neste breve diálogo do quanto tanto faz onde eu esteja, sempre vou sentir que por mim não espera ninguém.
claro que poderia avisar a minha filha, meus pais, irmão ou até uma amiga... ou duas... mas com esse inusitado comentário, me apercebi de que tenho um pacto (talvez comigo mesma) de raramente dizer como estou, se cheguei, se não cheguei, se estou bem, se não tanto, se preciso de ajuda, ou não... de fato, cheguei a salvador pensando mesmo em como minha independência tornou-me solitária. e o quanto nunca havia refletido sobre isso...
Seus seguidores sempre esperam saber de você, através de seus textos. Então poste avisando como está, se chegou ou se não chegou, se precisa ou não de ajuda. Independente sim, solitária nunca!
ResponderExcluir