sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A espera ...

entre minhas múltiplas atividades profissionais, me deparei com uma específica, que na maioria das ocasiões me cansa e frustra profundamente... esperar!
me dei conta disso hoje, enquanto, sentada no aeroporto de porto alegre, via os segundos, os minutos e, por que não exagerar?!, as horas se passarem enquanto eu ali, sem ter muito a fazer, exceto esperar o avião (atrasado) chegar, trazendo um de meus consultores para realizar um curso nesta mesma tarde.

enquanto mirava o relógio e tentava me distrair com o fluxo pequeno de gente indo e vindo, entrando e saindo, esperando pacientemente ou não por seus próprios 'consultores' , amores, gente que lhes interessava, bem mais do que a mim; fui me dando conta do quanto minha mente inquieta tem também um sutil efeito sobre meu corpo.

ainda em estado de observação me pus a perceber meus sentidos (será isso já reflexo da yoga?) após aqueles primeiros quinze minutos de espera... Sim! É aí que quero chegar... no quanto a maioria das situações apenas passam a nos importar, seja para o bem ou para o mal, somente a partir de tomarmos consciência dela.

e, naturalmente, esta experiência me fez perceber que meu 'time' para ficar consciente das coisas levam exatos quinze minutos... é este geralmente o tempo que preciso para me sentir completamente a vontade ou totalmente desconfortável em qualquer situação.

no entanto, o bacana deste exercício de ser 'blogueira'(um outro aspecto meu que não tenho mais buscado interromper)é a possibilidade de transformar tudo - tudo mesmo - em percepção atilada e, por consequência, em textos sobre elas.

o que realmente tenho percebido é que onde antes haveria , com certeza, 'indignação'(porque continuo detestando esperar), 'irritação'(porque as companhias aéreas tem mesmo este poder)e, consequentemente sudorese seguida de palpitação cardíaca (baseada na natural pré-ocupaçãocom o que poderia estar começando a dar errado), o que surge agora é outra coisa.

e esta nova coisa poderia se traduzir em 'estar no presente', aproveitar cada segundo, cada minuto e cada nova hora para apenas estar ali, observar, relatar, me distrair!!!

pode ser que esteja eu mesma ficando mais irresponsável, mais maluca, mais solta, até (por que não?) mais inconsequente. mas, ao longo deste tempo, tenho aprendido a 'curtir' mais as sensações que determinadas situações como A ESPERA tem produzido em meu corpo e mente. e, a partir deste novo bem-estar inexplicável que uma ou duas horas de espera tem me proporcionado - ao contrário do caos anteriormente vivenciado, o único que posso deduzir é que, Sim, não há como controlar o que ocorre fora de nós... mas é comigo, e apenas comigo, o que posso produzir de sentimentos a cerca do que me ocorre, aleatoriamente ou não !

3 comentários:

  1. É isso aí amiga. Esperar...Verbo na voz ativa. O sujeito é o agente da ação verbal. É ele quem pratica a ação. Esperando...Gerúndio: exprime uma circunstância.
    Esperar pode ter o significado de ter paciência com atividade - "Não fiquei parado, quando estava esperando". Esperar pode ser uma forma de recuar e dar a volta, e aparecer de novo por trás da questão, vendo-a de uma perspectiva diferente. Esperar pode ser um movimento...mesmo que interno Bjs

    ResponderExcluir
  2. Que coisa boa é o sossego... sossego interno... sentir o presente como tu disse... experimentar o desacelerar... parabéns! Estás no caminho para se tornar uma pessoa zen, paciente. No futuro vais estar mais tolerante também, menos angustiada. Fiquei muito feliz. O que faz um aeroporto com yoga heim...

    ResponderExcluir
  3. é amigos, obrigada pelos comentários que tão bem complementam este olhar!!! adorei e continuarei praticando simmmmmmm... bjs

    ResponderExcluir