segunda-feira, 14 de novembro de 2011

será que aprendemos?

Hoje, uma segunda pré-feriado e, principalmente, pré-Congresso" configurou-se especialmente por seu clima de tensão... senti durante vários momentos do dia uma atmosfera pesada no ar, como se estivéssemos todos sentados sobre 'granadas' prestes a explodir... o entra e sai, o semblante tenso dos colegas, fornecedores e afins e a nossa (talvez a minha) perspectiva de que estamos na eminência de algum grande 'engano', ajudam na percepção deste diagnóstico.

O que sobrou foi baixar a cabeça e buscar o que fazer, como contribuir, o quanto ajudar, sem tentar parecer 'intrusa' ou me arriscar a pisar em algumas daquelas granadas imaginárias!!!

Antes mesmo das onze horas da manhã já havia escutado - a despeito de meus fones de ouvido e do The Smiths" que me acompanharam boa parte desta segunda - pelo menos meia dúzia de reclamações a respeito de erros ou acontecimentos inusitados ou, ao contrário, 'não' acontecimentos esperados a esta altura do campeonato.

A reflexão que me vem deste olhar sobre o dia de hoje, versa sobre um mundo que quanto mais convivo e observo, mais percebo que não consigo inferir. Olho, e apenas olho, para a forma como são conduzidas as coisas e penso (como não poderia deixar de ser) no quanto já poderíamos ter realmente aprendido nestes quatro anos de realização deste congresso. Ainda assim, vejo que pouco foi realmente aprendido e aproveito para fazer uma reflexão a cerca do quanto as organizações, as corporações, as instituições, os ambientes políticos em geral, tem, de fato, capacidade de aprendizagem. O quanto elas querem aprender; o quanto tem a humildade inerente de quem gosta de aprender.

Minha trajetória por instituições, empresas, organizações sociais, não é das mais extensas, porém quase suficiente para me ensinar que, na grande maioria dos lugares, o que vi são pessoas cheias do que considero 'saber colateral' - um saber que advém de muita informação, conhecimento, mas pouca capacidade de realizar os 'links' necessários ao aprendizado propriamente dito. As conexões. As reflexões. Em minha opinião, se 'aprende verdadeiramente' quando se tem tempo para organizar o apreendido, juntando-o com o que foi ouvido e praticando algo novo do realizado anteriormente.

Se 'aprende verdadeiramente' quando se pára de achar isso ou aquilo, de se deduzir por conta própria, ou a partir do próprio umbigo.

Aprendemos, de verdade, quando criticamos aquilo que fazemos, não para justificar nosso fazer ou ainda para achar os culpados; mas sim, para aceitar de boa vontade nossos erros e os dos outros, como professores e guias em nossos acertos do futuro.

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